sexta-feira, 29 de junho de 2007

IV Feira Medieval do Artesão - Belmonte

Ainda falta algum tempo (17, 18 e 19 de Agosto), mas eu já estou a ver o filme… A IV Feira Medieval do artesão em Belmonte vai ser a cópia das restantes edições! Novidades nem velas… Pode ser que esteja enganado mas quando há novidades que vêm acrescentar valor a qualquer actividade, normalmente são destacadas em cartazes ou noutro tipo de canais publicitários como por exemplo e bem, através de filme (como o que está disponível no site da CM de Belmonte). Neste caso, o que vejo no filme feito por amadores (e dos fraquinhos), são apenas as actividades que decorreram em anos anteriores… Mais do mesmo.

Esta é uma das actividades de maior relevância realizada em Belmonte, já nem as festas do concelho conseguem superar o sucesso desta nossa feira. No entanto corremos o risco, devido à repetição constante das encenações, de causar algum desinteresse nas pessoas. Por este país fora, cada vez mais existem feiras deste tipo e se não especificarmos um caminho e nos diferenciarmos dos restantes , vamos sendo apagados da memoria das pessoas, que simplesmente vão optar por outras paragens. Mas em Belmonte a melhoria “contínua” é uma prática inexistente. Dá ideia que só se quer manter o que existe (e muitas vezes mal) e quanto menos se fizer melhor. Haja vinho e cerveja (ou wisky pelo que se fala) o resto é conversa!

Mais uma vez espero estar enganado…

PS – será este o cartaz alusivo á feira medieval deste ano? Chamem alunos do ciclo que são capazes de mostrar alguma arte! A empresa municipal é que têm a responsabilidade de divulgar estes eventos penso eu de que… Ah e já agora ponham a luz nas barracas só quando já se estiver a realizar a feira (como no ano passado) fica sempre bem !

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Regadio da Cova da Beira

Projecto da Cova da Beira ganha mais 3000 hectares em 2008, conclusão em 2010. Rui Gonçalves, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, deixa um aviso aos agricultores: mais do que pedir novas estruturas, o tempo é de aproveitar as que existem e explorar novas oportunidades de negócio.

O Regadio da Cova da Beira vai servir novas áreas em 2008 e estará concluído em 2010, servindo 14 mil hectares de área agrícola. Rui Gonçalves, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, destacou as oportunidades que em novas hortas, pomares, olival e biocombustíveis, durante uma visita às obras dos blocos de rega de Belmonte e Caria. Os dois blocos vão começar a funcionar no próximo ano, servindo 3000 hectares de terrenos.Para além daqueles trabalhos, estão a ser elaborados os projectos dos blocos da Covilhã e Fundão, cuja conclusão está prevista para 2009. As intervenções que estão a decorrer estão orçadas em 50 milhões de euros e Rui Gonçalves garantiu que “haverá dinheiro” para as obras cujos projectos estão ainda a ser feitos. “No próximo Plano de Desenvolvimento Rural, a Cova da Beira é prioritária na área do regadio”, destacou.“Esperamos que em 2010 todos os agricultores que disfrutam dos 14 mil hectares de superfície agrícola útil abrangida estejam a beneficiar do Regadio da Cova da Beira”. “Concretizaremos assim um projecto com mais de 50 anos”, disse o governante, que se recusou a comentar os atrasos da obra ao longo de décadas. “O que posso dizer é que este Governo assumiu o compromisso de acabar a obra e é isso que estamos a fazer”, sublinhou.

FALTA APROVEITAR O QUE EXISTE

Rui Gonçalves lamentou que o Bloco da Meimoa, o único do Regadio da Cova da Beira que está a funcionar, “ainda não esteja totalmente aproveitado”. Abrange uma área de 3400 hectares e foi aberto em 1990. “O que eu digo aos agricultores de todo o país é que têm que aproveitar bem as infra-estruturas que já estão no terreno e aquelas que estamos a fazer”, alertou, também a propósito do II Congresso Nacional de Rega e Drenagem, em cuja sessão de encerramento participou, no Fundão. Hortas e pomares com futuro“Portugal precisa de aumentar a produtividade em grandes áreas da agricultura”, apontando a hortofruticultura como prioridade no Plano de Desenvolvimento Rural e para a qual a Cova da Beira “tem grande aptidões”. Aposta na formação“O Plano de Desenvolvimento Rural tem fundos não só para o betão, mas também para a formação dos agricultores e promoção da produção agrícola”. “Vamos investir muito para que as infra-estrutruras não fiquem desaproveitadas”, garantiu Rui Gonçalves.

Décadas a passo de caracol

Se com o Regadio são agora prometidas novas oportunidades, a verdade é que já passaram 50 anos desde que o projecto nasceu. Muitas das oportunidades já podiam ter dado um novo impulso ao sector na região.

1957 - Câmara da Covilhã envia uma petição ao Governo, solicitando estudos de viabilidade do projecto.
1960 - São realizados estudos de avaliação de aptidão de terrenos ao regadio
1978 - Estudo prévio do projecto
1981 - Projecto para os sistemas secundários de rega
1986 - Projecto para o sistema primário de rega
1984 - Construção da Barragem da Meimoa
1990 - Começam a funcionar os canais de irrigação no bloco da Meimoa
2000 - Construção da Barragem do Sabugal
2005 - Governo assume o compromisso de concluir as obras em 2009, para o aproveitamento arrancar em 2010


in Diário XXI

terça-feira, 12 de junho de 2007

Um bom exemplo (de uma aldeia)

Pois é, realmente quando vejo notícias deste tipo em qualquer jornal* ou televisão, sinto-me mesmo diminuído, revoltado… Isto porque cada vez mais estamos a ser ultrapassados não pelas vilas e cidades com quem devíamos competir, mas sim por simples aldeias.

Estando o executivo camarário principalmente empenhado desde que tomou posse no Turismo Cultural, não acham que já é tempo de também apostar no Turismo de Lazer? É que para além dos turistas, os próprios habitantes de Belmonte seriam beneficiados. Decerto que grande parte dos turistas com o conhecimento de infra-estruturas de lazer (de qualidade) e apesar do interesse cultural que possam ter ao visitar uma localidade, veriam com bons olhos esta complementaridade.

Quando temos uma praia fluvial, que está no estado em que toda a gente sabe e vejo estas aldeias a apresentar investimento e infra-estruturas condignas, só posso dizer que as potencialidades de Belmonte nesta matéria estão totalmente subaproveitadas. Pergunto-me se a praia fluvial estará minimamente em condições para abrir no inicio da época balnear e já agora o mesmo em relação às piscinas municipais de Belmonte (dado que as de Caria costumam estar prontas a tempo (?)).

É claro que para colocar Belmonte na rota do Turismo de Lazer não basta apenas uma praia fluvial, mas já era um bom começo. Infra-estruturas como um verdadeiro complexo desportivo, um parque de campismo, umas piscinas cobertas, criação de vias para ciclistas e corredores, um local para concertos e festivais ao ar livre, são exemplos de investimentos que geram alguns postos de trabalho e atraem pessoas e com elas outros possíveis investimentos. Decerto que haverá muitos outros investimentos que poderiam ser feitos nesta área e que os belmontenses gostariam de poder usufruir (deixo em aberto sugestões dos participantes do Blog).

Não digo que seja o principal problema de Belmonte nem o de maior prioridade, mas visto estarmos a entrar na época de férias quem pensa passa-las por cá está no mínimo limitado às piscinas…

* imagem retirada do Jornal “Reconquista” 6 de Junho 2007


Pedro Álvares Cabral

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Um Programa Mínimo para Belmonte

O Estado está para Portugal, como a C.M. Belmonte está para Belmonte: ambos constituem um dos maiores obstáculos ao seu desenvolvimento e qualidade de vida dos cidadãos. O diagnóstico é conhecido, as terapias necessárias também, mas o que tem faltado é vontade de mudar. Belmonte requer uma mudança urgente em muitas áreas.

1.Máquina camarária. A abundância de departamentos, serviços, divisões, assessores, funcionários ou contratados cresceu na razão inversa ao trabalho e qualidade do serviço prestado à população. A C.M.B. tornou-se num viveiro de parasitas. É raro encontrar um serviço municipal onde os funcionários tenham objectivos definidos, cumpram os horários de expediente ou estejam à altura das funções que executam. Um grande número de dirigentes e funcionários tem duplos e triplos empregos, sendo que aquele que menos os preocupam é o emprego camarário. O que predomina na maioria dos serviços é a incompetência e o laxismo, sendo inexistente qualquer tipo de avaliação de desempenho minimamente credível. Urge refundar a C.M.B., começando por a expurgar dos parasitas que foi acumulando.

2. Património Publico. Sendo a autarquia detentora de um notável leque de infra-estruturas, quais as iniciativas que nelas são desenvolvidas de forma a dinamizar esses espaços, será que o difícil é construir ou dar fiabilidade aos mesmos. Quantas actividades estão previstas para o auditório municipal? e para o auditório do museu dos judeus?, e para o pavilhão multiusos? Ou mesmo para qualquer um dos museus desta terra. Alias quem têm esta incumbência? A empresa municipal? Um qualquer conservador que não conhece-mos? QUEM E O QUE?.

3.Empresa municipal. Um desvario total, à margem de qualquer controlo, e cuja única função parece ser a de arranjar emprego para amigos e enteados e justificar a saída de verbas autárquicas que de outra forma seria impossível. É urgente acabar com este regabofe.

4. Assembleia Municipal. Necessita urgentemente de um serviço minimamente eficaz de informação. Os munícipes estão afastados de qualquer participação séria nas suas sessões e trabalhos, quando lhes á dada a possibilidade de intervir à para servirem de meras figuras decorativas.

5. Famílias Numerosas. A C.M.B. tem sido para as principais famílias de Belmonte, um meio para darem emprego bandos de parasitas e incompetentes que vivem e se alimentam desta máquina que se alimenta de votos. Belmonte está refém destes bandos de inúteis que “ninguém” percebe como ascenderam as funções que ocupam.

6.Distribuição de Recursos. Quando se analisa as prioridades dos investimentos da C.M.B. percebe-se logo porque a Vila está na situação em que se encontra. O supérfluo torna-se numa prioridade, e o que é essencial para a vila torna-se algo supérfluo. Um exemplo: a C.M.B. gastou incomensuravelmente mais com os canteiros, jardins e afins, do que aquilo que investiu nas escolas básicas que lhes estão confiadas. A educação é manifestamente algo de supérfluo, temos uma escola secundária que em breve apenas dará competências até ao 9º Ano. Sem qualquer intervenção por parte da autarquia que tal como a sua própria realidade deixa a definhar.

7.Gestão Urbanística. A C.M.B. sede aos interesses especulativos das empresas imobiliárias, sendo ela própria um agente de especulação imobiliária, se não vejam o caso do loteamento municipal junto da JFB, traduziu-se em toda a vila em verdadeiros atentados urbanos que degradaram a qualidade de vida da população. As trocas e baldrocas nas contínuas permutas entre a C.M.B. e privados tem quase sempre um único resultado: o benefício de alguns em prejuízo do Bem Comum. Fruto desta incompetente (ou corrupta ?) gestão urbanística..


8.Mercado Municipal. È impressionante como ainda não conseguiram deslocar o mercado para um qualquer local que não condicione não só o tráfego mas também as obras. Senão vejam, é impressionante como em dia de mercado até o cais da obra do novo museu é encerrado, e pergunto eu quanto é que isto custa nos trabalhos a mais???

9. Requalificação Urbana. Estamos enquadrados no projecto das aldeias históricas, mas quererá isto apenas dizer que devemos lavar a cara as nossas edificações presentes no perímetro histórico, sem fazer cumprir qualquer outro critério aos seus proprietários, atribuindo verbas aos mesmos para realizarem está operação estética no exterior, e continuando as edificações no seu interior a degredar-se?.

10.Higiene Urbana. Criar guerras pessoais e inspeccionar quem coloca o quê e onde nos contentores do lixo, Abrir silo de lixo subterrâneos para de seguida os voltar a tapar? Pergunto se estas obras terão ou não sido pagas a quem realizou os trabalhos? Se sim não é isso má gestão do hierárquico publico?

Bom poderia continuar, mas peço que sejam também os outros leitores a falarem destes assuntos.

11.Segurança.
12.Equipamentos de Desporto e Lazer.
13.Equipamentos culturais (teatros, bibliotecas, arquivos, etc).
14.Turismo.
15.Enquadramento regional.
16.Exclusão Social.
17.Participação dos Cidadãos.
18. Outros



PS: A pedido de vários participantes deste blog este post foi novamente publicado - P.A.Cabral

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Que se passou com o blog O Judeu?

Não sei que se passou, mas hoje quando pensei em dar uma vista de olhos no blog reparei que este já não existia! então ocorreu-me voltar a criá-lo para que as pessoas que o utilizavam diáriamente ficassem a saber o que aconteceu. Se alguém souber digam porque depois de tantas visitas ao blog este acabar assim...


Atenção ao contrário do que acontecia por vezes no anterior blog neste não são toleradas agressões entre participantes nem faltas de respeito seja a quem for!


Este blog não tem qualquer ligação partidária. O seu conteúdo reserva ideias, opiniões, problematizações, noticias, eventos ou actividades entre outros, relacionados com o quotidiano dos belmontenses e restante concelho. Qualquer informação que possa ser útil às "Gentes de Belmonte" pode ser enviada através do email: gentesdebelmonte@hotmail.com

Pedro Álvares Cabral