sábado, 30 de janeiro de 2010

"Maior resort de golfe do Interior"

Já decorre a segunda fase de um projecto iniciado em 2003. Complexo quer aproveitar o mercado espanhol

Quem por estes dias visitar a Quinta da Bica, em Belmonte, vai ficar surpreendido com a dimensão das obras que decorrem no local. Ali está a nascer o maior resort de golfe do Interior, que promete atrair não só muitos portugueses, mas também jogadores e visitantes estrangeiros, principalmente espanhóis.

No início da década, o empresário nortenho Manuel Alexandre Abreu chegou à região através da compra da empresa detentora das minas do Vale da Gaia (Belmonte), mas rapidamente os seus investimentos se alargaram também para a área do turismo. O primeiro passo foi dado em 2003, com a abertura da academia de golfe, composta por um pequeno campo de nove buracos pitch&putt e driving range e complementada com um restaurante de alta qualidade. Por essa altura, o empresário logo afirmou que o projecto não ficaria por ali, prometendo um grande empreendimento para o futuro. Dito e feito. Contornadas muitas burocracias – o empreendimento divide-se por dois concelhos, Belmonte e Guarda, e foi preciso ultrapassar muitos obstáculos –, a segunda fase do projecto está agora no terreno.

O Cegonha Negra Resort Golf & Spa – será esta a denominação do complexo, em homenagem às cegonhas de barriga preta típicas da zona – manterá as valências já existentes e será acrescentado com um hotel (com centro médico), um aldeamento turístico e, claro, um novo campo de golfe championship com 18 buracos, desenhado pelo famoso golfista espanhol Severiano Ballesteros.

Um empreendimento desta envergadura implica um investimento de muitos milhões de euros e por isso o empresário assinará brevemente um acordo com um parceiro estrangeiro, mas Manuel Alexandre Abreu deverá continuar como sócio maioritário, apoiado pelo banco Millennium BCP. O objectivo é ter esta segunda fase pronta no final do ano de 2011. Se as coisas correrem bem, está ainda prevista uma terceira fase, ainda mais ambiciosa e abrangente, para lançar dentro de alguns anos e que está já desenhada pelo arquitecto Miguel Correia (atelier Ideias de Futuro). Incluirá um aparthotel, edifício para eventos, duas unidades hoteleiras (uma de saúde e outra rural), moradias unifamiliares, clube náutico, zona comercial com restauração diversa, parque infantil e várias bolsas para estacionamento. Será um resort ideal não só para férias, mas também para a realização de estágios de alto rendimento em várias modalidades desportivas.

Uma pergunta impõe-se: como é que um resort de golfe pode vingar na Beira Interior, território onde o número de jogadores não chegará sequer a 100? Manuel Alexandre Abreu continua com a mesma certeza: “Eu sempre disse que na raia espanhola há muitos jogadores disponíveis. Eles continuam lá e não têm muitas opções de campos para jogar”, diz o empresário, referindo-se, sobretudo, aos golfistas das províncias de Salamanca e Cáceres.

A apresentação oficial do Cegonha Negra Resort Golf & Spa deverá ser feita nas próximas semanas. Manuel Alexandre Abreu pretende contar com a presença de um membro do Governo e de um elemento da equipa de Ballesteros (talvez o próprio Severiano).


Um campo com a marca de Bellesteros

Ainda não há garantias da sua presença na apresentação oficial do Cegonha Negra Resort Golfe & Spa, mas o espanhol Severiano Ballesteros (operado em 2008 a um tumor cerebral) já deu o seu cunho pessoal ao empreendimento, desenhando o novo campo de 18 buracos, onde se destaca um longo par 72 com seis marcas de batida diferentes e uma curiosa equitatividade na divisão do par (seis buracos par 3, seis par 4 e seis par 5). Para além disso, a meio do buraco 18 lá está o bunker em “S”, uma espécie de “marca de Zorro” de Ballesteros.

in "JF"

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Recuperada epígrafe judaica

FORAM cinco anos de avanços e recuos, de pedidos e recusas, de vontade e desapontamento. Quando, em 2005, a Câmara de Belmonte reclamou a propriedade de uma das mais importantes peças da história judaica da vila, todos estavam longe de imaginar que fosse tão difícil recuperá-la. Estamos a falar de uma epígrafe votiva, datada de 1297, que no início do século XX foi levada para o Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco. Depois de muita pressão, num processo que teve também o contributo do Jornal do Fundão (com uma reportagem em Novembro de 2008), o Ministério da Cultura decidiu finalmente ceder e deliberar que a pedra regresse à sua origem, a Belmonte.

O comunicado da tutela chegou há poucos dias, assinado pelo secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, onde se informa que “serão estabelecidos contactos com o Museu de Francisco Tavares Proença Júnior no sentido de a referida peça ser depositada no Museu Judaico de Belmonte”. O contrato de cedência é de cinco anos, renovado automaticamente, o que significa que a epígrafe nunca mais sairá do seu local de origem. No mesmo documento, o Ministério da Cultura sublinha que a peça regressará a Belmonte apenas no início de 2011, porque no segundo semestre deste ano fará parte da exposição comemorativa do centenário do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior.

Como é natural, esta decisão deixou satisfeito o presidente da Câmara de Belmonte, que, no entanto, não deixa de criticar a forma como o processo foi conduzido. “Isto prova que as coisas só se resolvem quando fazemos algum barulho e quando a comunicação social se envolve. Tudo devia ser ao contrário. Todo o espólio de um concelho devia ser devolvido de forma automática assim que esse concelho tivesse condições para o tratar e valorizar”, defende Amândio Melo, acrescentando que em relação à Torre de Centum Cellas a situação também não tem sido bem gerida: “Nós pedimos uma relação do inventário de todas as peças retiradas das escavações arqueológicas feitas no local, mas nunca a enviaram. Recentemente recebemos algumas peças para um exposição no castelo, mas não sabemos se há mais e quais são.”

É exactamente para evitar estas situações que a autarquia belmontense decidiu criar o Centro de Estudos da Casa da Torre em Caria. “A obra está quase concluída. Será um espaço com capacidade para estudar e classificar o espólio arqueológico não só de Belmonte, como também de outros concelhos que necessitem. Já não será necessário levar as peças para outros sítios”, sublinha Amândio Melo.


in "jornal do Fundão"

sábado, 16 de janeiro de 2010

"12 Meses 12 Chefes"

O Convento de Belmonte vai promover uma nova iniciativa intitulada “12 Meses 12 Chefes”. No último Sábado de cada mês o Chef Vladir Lubave vai receber na sua cozinha alguns dos chefs mais conhecidos de Portugal, para apresentar uma variedade de aromas e sabores únicos. O primeiro a iniciar esta jornada gastronómica é o Chef José Júlio Vintém do restaurante Tomba Lobos, que irá apresentar a sua ementa no Restaurante Convento de Belmonte Gourmet, no próximo dia 30 de Janeiro. O chefe de cozinha do portalegrense do Tomba Lobos tem uma história bem condimentada a contar sobre a sua alcunha e uma “cozinha regional de autor” apaladada a apresentar aos seus clientes




in "Guarda Digital"

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Prémios Turismo de Portugal

O distrito de Castelo Branco concorreu aos prémios Turismo de Portugal com cinco projectos entre as 192 candidaturas oriundas de todo o país.

Os vencedores foram anunciados ao início da tarde de quarta-feira numa cerimónia durante a BTL-Bolsa de Turismo de Lisboa. O júri atribuiu o Prémio Especial Turismo de Portugal à Pousada do Palácio de Estoi, em Faro, um projecto promovido pela Enatur – Empresa Nacional de Turismo.

O distrito de Castelo Branco ficou de fora da lista de premiados, mas concorreu com projecto em cinco concelhos diferentes.

A Câmara Municipal de Belmonte apresentou-se na categoria de novo projecto público com o Centro Interpretativo de Belmonte “À Descoberta do Novo Mundo”.

Na categoria de requalificação de projecto público surgem o Parque da Goldra, promovido pela Câmara Municipal da Covilhã; o Palácio do Picadeiro de Alpedrinha, pela empresa municipal Fundão Turismo; e a requalificação e animação do castelo de Ródão e envolventes, a cargo da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão.

Idanha-a-Nova concorreu na categoria de serviços, com a musealização do arquivo epigráfico de Idanha-a-Velha, promovida pelo município raiano.

O júri dos Prémios Turismo de Portugal é presidido pelo empresário André Jordan, tendo como elementos José Carlos Pinto, presidente da Confederação do Turismo Português, o jornalista António Perez Metelo e Luís Patrão, o presidente do Turismo de Portugal.

Em edições anteriores o concelho do Fundão obteve uma menção honrosa no mesmo concurso, atribuída em 2008 ao complexo cultural da Moagem. No mesmo ano foi premiado o projecto do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, com uma menção honrosa na categoria Natureza. Este projecto abrange os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.

in "Jornal Reconquista"

Encontro Mundial de Judeus

Guarda, Trancoso e Belmonte recebem este ano o primeiro Encontro Mundial de Judeus Sefarditas (com origem peninsular). A iniciativa é promovida pelo Pólo de Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela e vai reunir perto de 700 pessoas, durante uma semana, na região.

Em Fevereiro o evento vai ser promovido em Israel, explica Jorge Patrão, na Feira Internacional de Turismo de Telavive onde vão estar delegações de Belmonte, Trancoso e Guarda.O presidente da entidade de promoção turística quer apostar em eventos diferenciadores durante este ano, “iniciativas que atraiam o público e não sejam apenas show-off”.

O anúncio foi feito durante a cerimónia de inauguração da BTL - Feira Internacional de Turismo, em Lisboa, que contou com a presença do Ministro da Economia e Inovação. Vieira da Silva percorreu o Pavilhão Destino Portugal que reúne todas as entidades regionais de turismo, entre elas a a Serra da Estrela que, segundo o governante, “é um valor indiscutível da nossa oferta turística, quer interna quer externa, e estou convicto que os investimentos feitos na expansão hoteleira vão possibilitar que a região se consolide”.

A BTL foi o local escolhido para a apresentação da nova imagem corporativa do Turismo Serra da Estrela. “Mais do que uma montanha”, é o slogan associado a uma imagem que se pretende mais contemporânea, explica Vicente Gouveia, responsável pela nova marca. Cultura, Gastronomia, Ambiente e Natureza são alguns dos elementos em destaque “com o objectivo de afastar um bocado a ideia de que a Serra da Estrela só serve para fazer esqui e recordar que há muita coisa para fazer durante todo o ano”.

Inserido nesta estratégia está ainda o lançamento de três percursos pedestres, com marcação GPS, que podem ser descarregadas na página da Turismo Serra da Estrela (www.turismoserradaestrela.pt).

in "Jornal do Fundão"

sábado, 9 de janeiro de 2010

O turismo cultural é uma das tendências de futuro

Países são marcas. A imagem que nós temos de um país condiciona o turismo, o comércio exterior e os investimentos. Num mundo tão globalizado, onde o acesso à informação e à distância se tornou tão democrático, a diferenciação tem de ser induzida. Muitos países têm-no feito com sucesso. A beleza natural da Nova Zelândia não é única - mas o apoio do governo à filmagem no país da trilogia O Senhor dos Anéis teve um impacto histórico no turismo. Talvez o café colombiano não seja o mais saboroso nem o mais barato, mas uma famosa campanha de marketing, em que se promovia o "Café de Colombia", levou a que o país se tornasse o mais exportador de café para os EUA. Até algumas décadas atrás, Espanha era vista como um país pobre e periférico, mas hoje é o segundo país do mundo que recebe mais turistas estrangeiros (o primeiro é a França). Segundo a Granta, uma das consultoras responsáveis pela promoção do país, esta transformação é o produto de uma estratégia cirúrgica que se iniciou com as Olimpíadas de Barcelona e se alimenta hoje de fortes investimentos em publicidade.

Cogitava sobre este tema enquanto visitava, em férias de final de ano, a Beira Interior. Habituado às diferentes imagens de Portugal presentes nos países onde vivi, encontrei, nesta região serrana, um Portugal exportável mas que se mantém contido dentro de si próprio. Belmonte é uma óptima ilustração. Com pelo menos 800 anos de história e edificada tanto pelo criptojudaísmo como pelo cristianismo rural, esta vila é hoje um dos bons exemplos de conservação do património. Mais do que a simples preservação física dos seus monumentos, a autarquia local investiu em museus que estimulam a interactividade - através de tecnologia discreta mas eficaz - entre as pedras e as pessoas. Na terra de Pedro Álvares Cabral, o Museu dos Descobrimentos é talvez o melhor museu nacional sobre o mais importante capítulo da História portuguesa. Mas, mesmo assim, Belmonte ainda não é um destino nacional. Se debitarmos alguns brasileiros obstinados em conhecer a terra de Cabral e alguns espanhóis fronteiriços, Belmonte não se expande para além dos contornos da Beira Interior.

Portugal continua a ter dificuldades em exportar a sua marca no exterior. As campanhas de marketing continuam a apresentar um país com "sol e praia". Mas o que tem isso de exclusivo? Há dois anos o Governo apostou no fotógrafo inglês Nick Knight e na silhueta de oito ilustres portugueses para promover um país competitivo e empreendedor. Mas o sucesso tem sido residual. A edição de 2009 do Country Brand Index, uma obra clássica sobre a imagem dos países no exterior, salientou que o turismo cultural é uma das tendências de futuro. Segundo a publicação, os grandes destinos turísticos serão suplementados por pequenos países com características desconhecidas e misteriosas. É uma óptima oportunidade para Portugal. O facto do país ser dos mais antigos na Europa é ignorado pela maioria dos estrangeiros. Todo o trabalho singular que foi realizado nas últimas décadas pela preservação do património histórico, mantém-se sub-capitalizado. O nosso ethos: romano, visigótico, judeu, cristão, muçulmano ainda não faz parte da marca de Portugal. Belmonte espera que lhe dêem uma oportunidade.

in revista "Visão"

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

"Viriato será um dos heróis de novo parque temático sobre a Lusitânia"

Um casal de empresários pretende criar no concelho de Belmonte um parque temático sobre a Lusitânia, em que Viriato será um dos heróis em destaque, adiantaram os investidores à Agência Lusa.

Cascais Mágico é a empresa de Rui e Vera Chumbinho que saltou da capital para o interior do país. No último ano transformaram um antigo edifício da vila de Caria numa casa de alojamento em espaço rural com o nome Passado de Pedra.

Os próximos passos são a construção de um centro hípico, já com obras em curso, e a construção do Lusitânia Parque num terreno com três hectares, a poucos quilómetros de Caria, que vai mostrar a história de Portugal desde os primórdios.


in "Agência Lusa"

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Visitas aumentam em Belmonte

O ano de 2009 vai ficar na história de Belmonte, como o ano em que mais brasileiros visitaram a vila de Pedro Álvares Cabral.

Ao todo foram 2000 os turistas Brasileiros que atravessram o Atlântico para visitar a vila belmontense, disse à agência Lusa o administrador- executivo da empresa municipal ligada ao turismo.

Segundo Vitor Teixeira, a chave para atrair mais visitantes do país irmão foi o Museu à Descoberta do Novo Mundo, inaugurado em Abril passado, recorde-se com 16 salas interactivas e em que são simulados vários episódios ligados às descobertas.

A epopeia das descobertas, associada a outros espaços do museu sobre a língua, a história e a actualidade do Brasil, já atraiu mais de 17 mil visitantes, metade dos quais alunos de escolas de vários pontos do país, disse à Lusa, Vítor Teixeira, administrador-executivo da empresa municipal de Belmonte.

A meta de Belmonte passa por ganhar um lugar cativo nos destinos de quem atravessa o Atlântico para visitar Portugal e que até agora "ficaria sobretudo por Lisboa e Fátima". O aparecimento do novo museu enriqueceu a rede já existente na vila, com o Museu do Azeite, Museu Judaico, Eco-Museu do Zêzere e Igreja de São Tiago.

O ADNM, tem sido na opinião da administração da Empresa Municipal, a alavanca para que Belmonte tenha crescido 30%, em 2009, para cerca de 80 mil visitas.

in "Rádio Caria"


domingo, 3 de janeiro de 2010

Exposição de Fotografia "SHOAH".

O Museu Judaico de Belmonte está a receber, desde o dia 20 de Dezembro de 2009 e até 20 de Janeiro de 2010, a Exposição de Fotografia "SHOAH", da autoria de António Nunes Farias e Mário Raposo.

"SHOAH" é a expressão hebraica para "catástrofe" e é utilizada para designar o genocídio perpetrado pelos nazis e seus aliados contra os judeus, o Holocausto?
Por vezes a memória esquece mas a "SHOAH" aconteceu mesmo. Entre 1940 e 1945, durante a II Grande Guerra Mundial, o ódio racial, principalmente ao povo judeu, de Adolf Hitler e do partido nazi levou à tortura e morte de milhões de seres humanos.

Numa viagem à Polónia, António Nunes Farias e Mário Raposo, dois jornalistas da RTP, visitaram dois campos da morte (Auschwit e Treblinka) e a cidade mártir de Varsóvia, onde constataram as marcas de: horror, medo e terror, que ainda hoje perduram nestes locais.

Ambos partilham o gosto pela fotografia e também pela história que envolve o maior conflito bélico da Humanidade.
Este facto, aliado ao sentimento que sentem do renascimento das ideologias neo-nazis e mesmo da negação do Holocausto, levou-os a querer dar o seu testemunho sobre este verdadeiro horror da história da Humanidade.

Apesar dos 70 anos que já passaram sobre este episódio, que em nada dignifica o ser humano, importa vincar cada vez mais os testemunhos: da barbárie, do sofrimento e
da morte nas cidades ocupadas, nos guetos ou nos campos de extermínio.
in "Rádio Caria"