Cenário A / Cenário B
Autarcas de Belmonte, Covilhã, Gouveia e Manteigas mostraram-se a uma só voz na reivindicação da opção que atravessa o Interior da Serra da Estrela. As câmaras da Covilhã, Belmonte, Gouveia e Manteigas defenderam a construção dos túneis rodoviários da Serra da Estrela, independentemente dos custos, referiram os respectivos autarcas em conferência de imprensa
"O custo não pode ser impeditivo das melhores soluções, até porque esta é uma revolução total para a região. É uma obra de Estado, que abrange 150 mil pessoas", realçou o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto. A caracterização aplica-se à hipótese de construção de túneis rodoviários na Serra da Estrela, colocada pela Estradas de Portugal no âmbito da planificação de acessibilidades na região. Confrontado com críticas de outros municípios, o autarca refere que "a defesa prioritária dos túneis não impede que se lancem outras estradas".
Seia, Fornos de Algodres, Nelas e Oliveira do Hospital são alguns dos municípios que apoiam novos itinerários complementares (IC) a sul em vez dos túneis."Penso que não há ninguém contra os túneis. Ainda não os vi. O que há é quem defenda estradas alternativas, que sirvam melhor os seus concelhos, como é o caso de Seia", apontou Álvaro Amaro, autarca de Gouveia."É uma posição legítima. Gouveia também quer as melhores ligações a Coimbra e Viseu. Mas isso agora é acessório. Vamos discutir isso depois de tomada a opção política de avançar com os túneis, que importam a toda a Serra ", acrescentou.
Os autarcas, que admitem a instalação de portagens nos túneis para compensar os custos de construção, disseram desconhecer o interesse de privados na exploração da obra e nem comentam que valores poderiam ter as portagens, referindo que esse tipo de questões, para já, não se coloca. "Sabemos que cada quilómetro de túnel custa tanto quanto três quilómetros de IC", referiu José Biscaia, autarca de Manteigas, mas "não há nenhuma obra pública inviável, desde que promova o desenvolvimento", atalhou Álvaro Amaro."Qual é a rentabilidade económica do Metro de Coimbra? No entanto, já está a descontar do Programa Operacional Regional", apontou o autarca. "Cada um tem a sua missão. A nossa é a de apoiar a decisão política que melhor serve esta região. Depois cabe aos técnicos definirem as questões técnicas de construção e financiamento", referiu Carlos Pinto.
"Tudo aqui tão Perto"
Segundo as contas do próprio, Álvaro Amaro demorou ontem 90 minutos a percorrer 90 quilómetros na "sinuosa estrada" entre Gouveia e a Covilhã. "Com os túneis qualquer pessoa faria cerca de 40 quilómetros em 25 minutos. É desta revolução que estamos a falar: uma oportunidade histórica de pôr os concelhos em rede", sublinhou."Ninguém está excluído"Só quatro autarcas se juntaram "de uma forma natural" na conferência de imprensa de ontem, mas "isso não exclui ninguém, nem impede outros de se juntarem a esta causa. E acho que isso ainda vai acontecer", realçou Álvaro Amaro.
"Tudo aqui tão Perto"
Segundo as contas do próprio, Álvaro Amaro demorou ontem 90 minutos a percorrer 90 quilómetros na "sinuosa estrada" entre Gouveia e a Covilhã. "Com os túneis qualquer pessoa faria cerca de 40 quilómetros em 25 minutos. É desta revolução que estamos a falar: uma oportunidade histórica de pôr os concelhos em rede", sublinhou."Ninguém está excluído"Só quatro autarcas se juntaram "de uma forma natural" na conferência de imprensa de ontem, mas "isso não exclui ninguém, nem impede outros de se juntarem a esta causa. E acho que isso ainda vai acontecer", realçou Álvaro Amaro.
Os autarcas contam apresentar a posição concertada até final do mês junto do secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos. "Informalmente já o temos informado da nossa posição", acrescentou Carlos Pinto.
A construção de 12 quilómetros de túneis para atravessar a montanha é um dos cenários propostos pelo Estudo de Avaliação Estratégica para a região do Centro Interior, encomendado pela Estradas de Portugal. O estudo abrange três estradas (IC6, IC7 e IC37), esteve em consulta pública durante o mês de Janeiro e conclui que os túneis (entre Covilhã, Manteigas e Seia/Gouveia referentes ao cenário B) garantem melhores acessibilidades e maior desenvolvimento. No entanto, devido ao elevado investimento previsto (pelo menos 704 milhões de euros), o documento aponta outra alternativa , com a construção de duas estradas a sul da Serra da Estrela (cenário A), como a solução mais equilibrada.
in Diário XXI
Falando concretamente de Belmonte, em qual dos dois cenários apontados o municipio terá maiores beneficios? O executivo belmontense defende o cenário B.
Na minha opinião, o municipio (do lado Este) que sai sempre beneficiado tendo em consideração os dois cenários é o da Covilhã. Reconheço também a importancia de "romper" com túneis a Serra (cenário B), o que permitirá harmonarizar as trocas comerciais em toda a zona serrana (apróximando a zona Oeste e Este da Serra e vice versa). Mas talvez para os belmontenses que queiram deslocar-se a Coimbra, o Cenário A seja o mais indicado através do IC6.
Concluo afirmando que os túneis e o IC6 a sul da Covilhã são ambos importantes, e que a escolha de um cenário não deveria num futuro próximo excluir o outro.
Existe uma petição online para quem queira defender os túneis (cenário B) bastando aceder ao link:
1 comentário:
Se a estrada Belmonte-Manteigas (cheia de curvas e curvinhas) tivesse sido requalificada em condições, o cenário B seria bom para os belmontenses. Assim não é muita a diferença. Mas sou solidário com Manteigas portanto defendo os túneis!
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