domingo, 31 de agosto de 2008

Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa com futuro

No ano passado, na Lageosa, apenas uma turma funcionou. Mas este ano já haverá duas e uma outra de nível superior, em parceria com a Escola Agrária de Castelo Branco. Ou seja, depois de muito se ter falado sobre o possível fim da escola, esta caminha, segundo os seus responsáveis, para um futuro mais risonho

Era uma vez um ilustre lavrador da Cova da Beira, Júlio de Campos Mello e Matos, que há mais de seis décadas legou ao Estado Português parte dos seus haveres, para que na sua quinta pudesse funcionar um estabelecimento de ensino prático de agricultura. Longe estaria ele de imaginar que essa Escola viria a completar 60 anos de vida. Pois bem, é essa a idade que este ano a Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa completa e, segundo os seus responsáveis, de boa saúde. “A escola tem futuro” assegura João Silveira Pinto, presidente do Conselho Executivo.

Uma Escola “com gente que ensina e aprende” mas que, nos últimos tempos, não tem vivido tempos fáceis. Aliás, Silveira Pinto, que completa agora, ele e a sua equipa o primeiro ano de mandato, não tem dúvidas: este ano à frente da instituição foi marcado por imensas dificuldades e o principal trabalho da sua equipa foi dar uma nova imagem à escola no sentido da credibilização da mesma. “Havia a ideia de que a escola iria encerrar e tivemos que lutar contra essa ideia. Não foi fácil atrair alunos. Mas conseguimo-lo” afirma, orgulhoso.

Na Lageosa ensina-se tudo o que se relaciona com desenvolvimento rural, agricultura e pecuária. Com 18 professores no quadro da instituição, difícil tem sido é captar alunos. “É uma escola única na região, com uma formação muito específica” explica Silveira Pinto, que reconhece que este primeiro ano de mandato foi “um desafio”. Até porque quando tomou posse havia “muito poucas pré-inscrições” para o ano lectivo 2007/2008. “Conseguimos formar uma turma, o que dadas as circunstâncias foi muito positivo” salienta. E para isso, foi-se para o terreno. Uma das apostas passou por uma parceria com o Governo de Cabo Verde, no sentido de colocar alunos deste país aqui bem no Interior. “Foi uma parceria que funcionou muito bem” explica Silveira Pinto. Assim, alguns estudantes de Cabo Verde passaram a integrar o curso de Técnico de Formação Agrária. Para o ano, outros amigos poderão seguir-lhes o caminho. “Tivemos um árduo trabalho na reabilitação da imagem da escola junto da comunidade” explica o presidente do Conselho Executivo. Até porque dizia-se e comentava-se que a Quinta da Lageosa poderia mesmo ter os dias contados, o que em nada ajudava à captação de novos alunos. “Foi preciso passar uma mensagem diferente, até pela forma como as pessoas olham para a agricultura. É preciso dizer-lhes que a agricultura é uma oportunidade” afirma Silveira Pinto. “Hoje a agricultura não é aquela que as pessoas conheceram há anos. É mais moderna. É isso que as pessoas têm que saber” salienta.


Aprender a praticar

Este responsável não tem dúvidas que a Lageosa, pela sua especificidade no ensino, tem todas as condições para se afirmar no panorama regional e nacional. “Temos boas instalações, os alunos aqui aprendem praticando e mesmo quem não tem posses pode aqui estudar de uma forma praticamente gratuita” afirma.
Porém, as nuvens negras que pairavam sobre a Quinta parecem desanuviar-se. Silveira Pinto, a pouco tempo do início das aulas, garante que o panorama, neste segundo ano de mandato, “muda por completo”. “Para o ano teremos duas turmas. Uma no curso de Técnicos de Recursos Florestais e um curso de Turismo Ambiental. Vamos manter a parceria com Cabo Verde, mas também com uma Câmara Municipal de Santa Cruz, uma zona agrícola que nos pediu para abrir vagas para alunos de lá devido precisamente a isso. Estamos sensíveis a isso. Assim, dentro de número de vagas que temos, alguns alunos serão de lá” afirma Silveira Pinto. Os dois novos cursos surgem associados à realidade da região, onde floresta e turismo ambiental marcam forte presença. “De facto estamos atentos a isso” assegura o responsável da Escola.


Curso de defesa da floresta para o ano

Mas há mais novidades para o ano. O alargamento da oferta formativa será mesmo uma realidade e a Lageosa vai passar a ministrar um curso de nível 4, ou seja, de nível superior. “É já no próximo ano. Vai existir pela primeira vez na Escola e vai catapultar a Escola para um patamar superior. É um curso de defesa da floresta contra incêndios, que irá captar licenciados, pessoas com o 12º ou inclusive bombeiros que queiram fazer uma formação específica nesta área” explica Silveira Pinto, que salienta que este será “o segundo curso do género a nível nacional.” Uma formação que decorrerá em colaboração com a Escola Agrária de Castelo Branco. “Será uma mais valia para a Escola” assegura o presidente do Conselho Executivo.


Renovar a imagem: uma prioridade

No ano passado a Escola teve gente de “Norte a Sul do País”, pois temos que ir “à procura no terreno, ao contrário de outras escolas”, mas houve também estudantes da região. “Tivemos alunos de Vila Velha de Ródão, Trancoso, enfim, vários locais de cá. Nós também temos uma função social e é importante que quem não tem posses saiba que pode fazer a sua formação. Oferecemos boas condições e temos a mais valia que é a residência de estudantes” afirma Silveira Pinto.
Mudar a ideia de que a escola estava em crise “não foi fácil” diz Silveira Pinto. Pelo que até nos mais ínfimos pormenores se pensou. Por exemplo, a entrada principal da Quinta da Lageosa foi melhorada, embelezada de modo a que quem passasse na Nacional 18 visse que a instituição estava viva. “Tivemos que mostrar o nosso projecto às pessoas. Tivemos que falar dele. Desenvolvemos actividades novas, como a agricultura de lazer, aos sábados, para os agricultores deste tempo. Pessoas que têm as suas quintas e que vêm aqui aprender a fazer podas ou excertos. Assim trouxemos pessoas à Escola e demos-lhe visibilidade. São actividades que não vão parar” afirma Silveira Pinto. “É importante que passem para o exterior o que de facto a Escola é” afirma.
Sobre o futuro do ensino profissional, o presidente do Conselho Executivo pensa ser uma aposta do Governo, “que valoriza os cursos intermédios”, mas que na reestruturação pensada para o sector será preciso haver “cuidado nas tipologias que as escolas podem oferecer. É prudente que o alargamento da oferta seja feito de forma criteriosa para que não haja um crescimento indiscriminado e não se dê uma formação de saída”.
Numa altura em que completa 60 anos, que serão assinalados com umas comemorações em Outubro, a Escola vê o futuro com outros olhos. E novas ambições. Uma delas é a reactivação da cantina escolar, que foi encerrada pela Direcção Regional de Educação do Centro por já não reunir condições de funcionamento. Numa das salas, onde funcionava o bar, fez-se outra, onde foram fornecidas, no ano passado, as refeições por uma empresa de catering. Porem, a Escola quer um cantina própria, até porque tem no seio do seu corpo de funcionários cozinheiras e muitos dos produtos necessários à confecção dos pratos são produzidos na Quinta. “Seria importante conseguir a cantina, por uma questão de economia. Queríamos pô-la de novo a funcionar e já manifestámos isso à Direcção Regional de Educação” explica Silveira Pinto.

Outro dos anseios é a abertura da Casa de Turismo, o que poderá ocorrer em 2009. Trata-se de um edifício que foi recuperado como casa de habitação, com quartos com casa-de-banho privativa, cozinha e um forno antigo, que servirá de oficina aos alunos de turismo, que a irão gerir, organizar e desenvolver tarefas de acolhimento e animação. “É o sítio onde os alunos irão trabalhar e aprender” explica o presidente do Conselho Executivo. A abertura de uma Casa Museu, para expor o vasto espólio da Quinta, a recuperação de um antigo alambique e de alguns edifícios que fazem parte do Campus da Escola são outros dos projectos em carteira para os próximos anos.


Campos de ensaio para produzir biocombustíveis

Outro dos projectos em marcha, em colaboração com a Escola Agrária de Castelo Branco, é a criação de campos de ensaio para plantas associadas à produção de biodiesel. “Estamos ligados a uma empresa de âmbito nacional para fazer projectos de prospecção nessa área. É um projecto em andamento, mas que não está concluído” explica João Silveira Pinto. “É uma realidade nova e a Escola também quer caminhar nisso. Mas de forma credível. Desta forma talvez se olhe para a agricultura como uma nova oportunidade” afirma.


in " Notícias da Covilhã"

sábado, 30 de agosto de 2008

Belmonte aposta na marca Kosher-Sefarad

A Câmara Municipal de Belmonte, em parceria com diversas entidades públicas e privadas, desenvolveu um plano de acção tendo como objectivo a valorização patrimonial e dos recursos endógenos associados à temática dos Judeus em Portugal, que se consubstanciou numa candidatura que foi apresentada ao PROVERE - Programa da Valorização de Recursos Endógenos, no âmbito do Mais Centro – Programa Regional do Centro 2007-2013. Esta candidatura assenta numa parceria de valorização territorial com pilares fundamentais, como a diversificação da economia local, a criação de programa de qualidade, programa de formação profissional e um programa de comercialização, distribuição e marketing.

O projecto âncora desta candidatura é a criação de uma marca territorial Kosher–Sefarad, associada ao judaísmo e a uma rota do património judaico.
A parceria é constituída por entidades públicas e privadas dos concelhos de Belmonte, Almeida, Manteigas, Penamacor, Trancoso, Guarda e Covilhã, das quais fazem parte os respectivos municípios e a Região de Turismo da Serra da Estrela.

In “Nova Guarda”

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Terminada viagem no tempo, analise-se a V Feira Medieval de Belmonte

A zona histórica da vila de Belmonte foi o palco de venda de produtos tradicionais e animação de rua, numa viagem ao passado


Em data difícil de precisar, mas certamente há séculos atrás, havia nas terras de Belmonte um amor secreto e proibido. Isaac, jovem judeu, e Catarina, donzela cristã, apaixonaram-se e desejavam intensamente estar juntos. No entanto, os tempos eram cruéis. O caso amoroso soube-se e a Santa Inquisição agiu rapidamente. Isaac foi apanhado e o seu destino – morte violenta para 'limpeza', da alma – parecia certo. Atado com cordas, Isaac é levado pelos seus carrascos para a colina junto ao Castelo de Belmonte.

Assim, começa 'Auto de Fé – A Grande Ilusão', a recriação histórica realizada no último sábado à noite, no âmbito da quinta edição da Feira Medieval do Artesão de Belmonte, que desde sexta-feira e até ontem criou na zona histórica de Belmonte um ambiente que fazia recordar a Idade Média. A assistir à actuação estiveram milhares de pessoas.

Voltando à triste sina de Isaac, o sacerdote da Santa Inquisição anuncia aos milhares de pessoas presentes o crime do jovem judeu. 'Tentou conspurcar a pureza de uma moça de boas famílias cristãs e trazer para a terra de Belmonte a sua religião e espalhar as suas judiarias contra a natureza divina', gritou. Ladeado por guardas que mantinham a ordem, o inquisidor tenta que Isaac confesse o seu crime. 'Ainda tens hipótese de confessar e alcançar a graça do Senhor', atira. Contudo, Isaac permanece inflexível. O silêncio é a sua resposta.
De repente, surge Catarina que se atira aos pés do inquisidor. 'Não o mate', implora. De nada servem as súplicas. O inquisidor realiza os ritos devidos, em latim, e ordena que se avance com a execução. O jovem judeu tem de pagar pelos seus crimes infames. Os guardas agarram em Isaac e começam a arrastá-lo em direcção à cruz instalada junto ao Castelo. O jovem tenta debater-se, mas é um esforço vão. Amarrado à cruz, Isaac desespera. Grita, grita muito, só que ninguém faz nada. O seu suplício é maximizado pelo espectáculo de dois malabaristas que agitam bastões de fogo para gáudio do público.

Mas o impossível acontece. Lentamente, Isaac começa a levitar em direcção a uma das janelas do Castelo. Não voa. Trata-se de um esquema, engendrado por Catarina, para o salvar. Um sistema de cordas entre a cruz e a janela possibilitam o reencontro dos jovens amantes perseguidos pela querela religiosa. 'Nem a terrível Inquisição vence o verdadeiro amor', diz Catarina, rematando: 'Vamos fugir de tudo até que haja paz entre os povos e conciliação entre as religiões',


A festa continuou uns minutos depois com um torneio

Provas de perícia a cavalo e simulações de luta para ter direito à mão de D. Leonor constituíram o segundo espectáculo de sábado

Seis cavaleiros disputavam um prémio aliciante: a mão de D. Leonor. Antes das provas propriamente ditas, os concorrentes tiveram de demonstrar o seu domínio da arte de cavalgar. E o que aconteceu foi uma autêntica dança equestre. Numa coreografia bem executada, os animais foram sendo conduzidos em diversas manobras, como um cavalgar num alinhamento em diagonal ou em manobras que desenhavam na terra batida o formato de um oito, em perfeita harmonia.

'Já vi que dominais os vossos cavalos, agora vejamos como manejais as armas', ouve-se dizer uma voz ao fundo. A primeira prova consistia em conseguir apanhar o maior número de argolas seguindo o corte de melões. Neste último, um dos concorrentes tentou fazer batota, indo a pé, provocando um momento cómico. De novo a cavalo, o próximo desafio era acertar numa tábua giratória com uma lança.
Já munidos de escudo, chegava o momentos dos combates. Os cavaleiros avançavam com a sua lança para o centro do ringue e um deles era derrubado para o chão. Um a um, os concorrentes iam sendo eliminados até restarem somente dois. Seria num combate de espada a pé que se decidiu o vencedor.

Os dois espectáculos tiveram a duração aproximada de uma hora e estiveram a cargo da Produções Bartilotti que este ano substituiu a Vivarte, responsável pelas recriações históricas nas anteriores edições do certame. A funcionar desde 2000, a Produções Bartilotti dedica-se, para além da produção de eventos medievais, ao agenciamento de artistas, gestão da carreira artística de grupos musicais, bem como produção de outros eventos de índole teatral.

O grupo interpretou ainda, na noite de sexta-feira, o espectáculo 'Trovas de Amigo', Nessa actuação, houve um regresso às cortes medievais, nomeadamente às suas danças e músicas.


Seis dezenas de artesãos

Ao percorrer-se as estreitas ruas da zona histórica de Belmonte encontrava-se os stands em madeira, devidamente decorados, em que os vendedores também envergavam vestes a recordar tempos antigos. Os produtos alimentares, como os enchidos, vinhos e os doces caseiros, estavam entre as seis dezenas de expositores originários de vários pontos do País. Mas havia também muitos stands com tecidos, peças em madeira ou bijuteria.
Na área para alimentação, os visitantes podiam deleitar-se com uma variedade de carnes grelhadas na brasa. O porco no espeto era um dos pontos que mais suscitava olhares curiosos.


Animação de rua

Ao longo dos três dias de Feira Medieval, a animação foi constante, com teatro de rua, malabaristas, saltimbancos e acrobatas. No total, foram 12 grupos a criar pequenos momentos de espectáculos em vários locais do certame. A qualquer altura, os visitantes poderiam encontrar combates a pé ou mendigos, por exemplo.

A Feira Medieval do Artesão é organizada pela Câmara belmontense e pela Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social de Belmonte.


texto e imagens in "diarioxxi"



A olho nu, Isabel não tem dúvidas: “Há menos gente, ainda que haja milhares nas ruas. De feirantes também está mais fraco”. Esta residente em Belmonte passeia pelas ruas da vila, que de 15 a 17 de Agosto acolheram a 5ª Edição da Feira Medieval do Artesão. E Isabel, que veio a todas, não tem dúvidas em afirmar que este ano o certame ficou aquém das expectativas. Embora esta não seja a opinião de todos. “Não está mau. É certo que não se pode comparar a Santa Maria da Feira, mas sempre dá vida a Belmonte” afirma outro residente na vila, que atrás da sua tasquinha vai vendendo umas sangrias e uns petiscos a quem passa. Sandra, que veio da Covilhã, logo no dia da abertura, e que no ano transacto também tinha vindo à vila, salienta que “estava à espera de mais. Anunciaram melhores espectáculos, cerca de 60 expositores, mas não é isso que vejo” assegura.

De todo o modo, este quinto regresso ao passado da vila teve alguns progressos. Tal com em outros anos, houve milhares de pessoas pelas ruas, ao longo dos três dias, que na Zona Histórica de Belmonte encontram stands em madeira onde se vendia desde enchidos, vinhos e os doces caseiros, tecidos, peças em madeira ou bijuteria. Mas era na zona dos comes e bebes que mais gente se concentrava, embora o número de tascas, este ano, também fosse menor. As carnes grelhadas na brasa foram um sucesso, os pãezinhos com chouriço feitos na hora também tiveram muita saída e o já tradicional porco no espeto era um dos pontos que mais suscitava olhares curiosos. A assá-lo, lá estava, como de costume, João Alves, mais conhecido na terra como João “Lela”. “Olha o javali” gritava, para atrair a clientela, que pareceu não faltar. Na noite de sábado já ia no terceiro porquinho…

A Feira teve ainda dois factos positivos, criticados por turistas e feirantes no ano anterior: duas casas de banho amovíveis e caixotes do lixo espalhados pelo recinto, de modo a que os muitos copos de plástico e guardanapos utilizados para degustar a deliciosas iguarias disponíveis não fossem parar ao chão. Menos positivo o facto de, à entrada da feira, embora fora dela, existir um stand bem “medieval” de uma marca que disponibiliza televisão digital…

Logo na sexta-feira, aquando do cortejo de abertura, encabeçado por Fernão Cabral, pai do descobridor Pedro Álvares Cabral, que deu início ao certame, o presidente da autarquia, Amândio Melo, revelava o seu optimismo. “Penso que, a avaliar por esta abertura, teremos muita gente. Espero que o tempo ajude” afirmava, lembrando que esta Feira já tem “dimensão nacional” e que é já uma “referência” no País. Sem nenhuma “meta a atingir” quanto ao número de visitantes, o presidente de Câmara assegurava que existiam este ano “mais tendas” e “mais expositores que no ano passado”. Na sexta-feira a afluência, embora a menor dos três dias, não foi má. No sábado à noite, apesar de estar fresco, aumentou bastante. A animação pelas ruas da vila, porém, ficou aquém do desejado. Não se viram tantos figurantes como em eventos anteriores, num ano de estreia das Produções Bartilotti, que este ano substituiu a Vivarte. A qualidade do som das reproduções melhorou, e muito, mas a presença de saltimbancos, mendigos, reis e rainhas, pelas ruas, não foi tão notória. “São novos nestas coisas” explicava um membro de um dos grupos de bombos que foi animando as ruas.

in "Noticias da Covilhã"


Estão também disponiveis os videos informativos da RTP1 e SIC que fizeram referência ao evento mais emblemático de Belmonte nos últimos anos.

Video RTP clique aqui.

Video SIC clique aqui.

domingo, 17 de agosto de 2008

Geocaching presente no concelho de Belmonte

É uma espécie de caça ao tesouro dos tempos modernos. Para gente "crescida". Na região, o "Geocaching" já tem dezenas de aficionados e, nos distritos da Guarda e de Castelo Branco, há cerca de 150 tesouros escondidos um pouco por toda a parte.

O "Geocaching" é um jogo de entretenimento destinado a utilizadores de GPS (Global Position System). O conceito prende-se com a colocação de caixas (a que se dá o nome de "caches") em vários locais do mundo, partilhando-se depois as suas coordenadas exactas na Internet para que os jogadores possam ter acesso a elas.

"Retire qualquer coisa e deixe, em troca, outra coisa" para quem vem a seguir é a regra fundamental do "Geocaching". Os tesouros que os "cachers" (jogadores) procuram são chamados de "caches". Por norma, são "tupperwares" (para conservar os objectos que estão no seu interior) que contêm um "logbook" (um pequeno livro onde os jogadores têm, obrigatoriamente, que escrever alguma coisa quando chegam ao local), algumas lembranças para troca e um texto explicativo do jogo para o caso de alguém encontrar por acaso o recipiente. Depois de concluída a caçada, os "cachers" têm de registar as descobertas no site internacional www.geocaching.com, onde estão referidas as coordenadas e as características de todas as "caches" do mundo. Há vários tipos de "caches". Podem ser temáticas ou simples. Há as gigantes, as pequenas e as micro (dentro de rolos fotográficos, por exemplo). Podem estar no topo de montanhas ou em zonas urbanas. Têm, obviamente, graus de dificuldade diferentes. Podem obrigar o jogador a percorrer etapas (circuitos de "multi-caches"). Tudo depende da criatividade de quem as esconde.
in "O Interior"

No concelho de Belmonte existem 3 caches, uma na praia fluvial de Belmonte, outra na Torre Centum Cellas e por fim uma na casa da Torre de Caria. No site oficial do Geocaching existe ainda um conjunto de informações e fotografias relativas aos locais onde se encontram as “caches”escondidas (mas não o sítio exacto), assim como comentários dos diferentes “cachers”.

sábado, 16 de agosto de 2008

Finalmente!!! Estádio Municipal de Belmonte - inicio da construção

É uma obra esperada há anos, em Belmonte e que parecia não querer sair do papel!

Já teve diversas datas. Desde 2001 que vários prazos para o início das obras do futuro Complexo Desportivo de Belmonte tinham sido apontados, mas até recentemente nada.

A história do Complexo Desportivo de Belmonte é já longa, conturbada e cheia de recuos e avanços. Em 2004, o projecto de execução já estava pronto, o concurso público tinha sido lançado e a autarquia apontava para o primeiro trimestre desse ano para avançar com a obra. Só que depois, a Câmara reformulou o projecto, pois o anterior contemplava, segundo Amândio Melo, “mais infra-estruturas que as necessárias para a nossa realidade”. Assim, em vez de dois campos, um de relva e outro pelado, para treinos, a Câmara optou apenas por um, de relva sintética, reduzindo os custos do projecto. Também a localização do mesmo mudou nessa altura, pelo que em vez de surgir numa das margens do Zêzere, o Complexo mudou-se para junto à variante da vila.

Considerado um equipamento desportivo da máxima importância para a formação dos jovens de Belmonte, o Estádio Municipal de Belmonte “arrancou” finalmente do papel e a intervenção no terreno é já uma realidade. Uma obra que prevê a construção de um campo de futebol com piso sintético (para assim permitir a utilização contínua do mesmo, quer para treinos, quer para competições oficiais) e bancadas, uma rede estruturada e circuito de televisão, para além de outras instalações necessárias de apoio á prática desportiva.

Situado na zona leste da vila de Belmonte, junto á variante, o Estádio Municipal de Belmonte tem um custo previsto de cerca de um milhão e 800 mil euros. A obra tem financiamento aprovado através de um contrato-programa estabelecido entre o município de Belmonte e a Direcção-geral das autarquias locais.

O projecto pode ser visualizado na imagem do post.

O prazo de execução da obra é de um ano (365 dias) e está a cargo da empresa Constrope sedeada no concelho de Belmonte.

Depois de pronto, a autarquia belmontense admite juntar-lhe, no futuro, mais algumas infra-estruturas, como piscinas cobertas, um pavilhão gimnodesportivo e uma pista de atletismo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

V Feira Medieval do Artesão Belmonte começa hoje!

Inicia-se hoje, por volta das 18h, mais uma edição da feira Medieval do Artesão em Belmonte. O certame terá a duração de três dias e ocorrerá no centro histórico de Belmonte na zona envolvente ao castelo. As ruas da vila vão encher-se de artesãos e comerciantes com produtos tradicionais, além dos habituais malabaristas, acrobatas, músicos, demonstrações de combates a pé, falcoaria e muitas outras surpresas. Os visitantes poderão ainda saciar a fome e sede em restaurantes e tascas cujas ementas serão constituídas pela gastronomia típica da época. Existirá ainda um parque infantil onde os mais pequenos poderão imaginar como era a Idade Médieval.

O Gentes de Belmonte disponibilizará algumas fotos do evento. Se possuir algumas fotografias que queira aqui publicar referente à feira medieval envie para gentesdebelmonte@hotmail.com

sábado, 9 de agosto de 2008

PROVERE assegura 1,4 milhões de investimento

A primeira fase das acções preparatórias do Programa de Valorização de Recursos Endógenos (PROVERE) terminou com a aprovação de 29 pré-projectos (45% das ideias a concurso), que envolvem 720 entidades públicas e privadas e asseguram investimentos de 1,4 milhões de euros.

Os resultados foram ontem divulgados pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, que sublinhou o reforço de 840 para 941 mil euros na comparticipação do FEDER, o que permitiu a aprovação de 29 projectos (nove na região Norte, oito no Centro, oito no Alentejo e quatro no Algarve).

Por agora ficaram sem apoio os restantes 36 projectos de acções preparatórias, mas o secretário de Estado admite que alguns possam ser melhorados a tempo de concorrerem às Estratégias de Eficiência Colectiva (EEC) - a certificação PROVERE que decorrerá no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional. Só o selo de qualidade EEC permitirá a majoração dos fundos comunitários aos projectos PROVERE.

Embora admita que o concurso para as EEC seja aberto antes do final do Verão, Rui Baleiras indica que os projectos definitivos terão de ser entregues até 30 de Novembro.

As 65 ideias apresentadas mobilizaram milhares de entidades públicas e privadas, facto que, para o secretário de Estado, evidencia que o PROVERE "pôs muitas pessoas a mexer" no desenvolvimento dos produtos endógenos de regiões de baixa densidade e com poucos recursos económicos. "O resultado acaba por evidenciar os projectos mais maduros, alguns deles vindos do passado".

Ainda assim, os 29 projectos que irão receber um apoio financeiro que pode chegar aos 60 mil euros de despesas elegíveis mobilizaram 720 entidades, muitas públicas, mas também empresas de âmbito nacional.

Os promotores, que começam hoje a ser notificados, terão acesso às recomendações feitas pela autoridade de gestão do PROVERE durante o processo classificativo. O objectivo é permitir que possam ser corrigidas as deficiências - sobretudo a escassez de investimento privado, a falta de articulação entre parceiros e a duplicação da exploração de recursos - para melhor o projecto.

As entidades líderes das 29 acções são: Terras de Sicó, ADXTUR, Agência Gardunha 21, Aldeias Históricas, A.M. Vale do Côa, municípios de Belmonte e da Guarda, AMBM, Missão do Douro, ADRAT, Empresa Intermunicipal do Nordeste, ADRIL, ADRIMAG, A. M. da Terra Fria, Com. Urb. Vale do Sousa, Com. Interm. Vale Minho, Com. Urb. Vale e Mar, Politécnico de Santarém, ADRAL, AMLA, ICNB, câmaras de Almodôvar, Fronteira e Borba, ADI, Almargem, In Locco, Odiana, Globalgarve.

"in DN"

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Praia Fluvial de Belmonte IV

O contrato de concessão da praia fluvial de Belmonte assinado o ano passado entre a autarquia belmontense e a associação de desenvolvimento terras de Belmonte (ADTB), foi ontem rescindido. Em causa, e nas razões apresentadas pela câmara belmontense, estão "a falta de cumprimento de várias alíneas desse contrato".

A concessão daquele espaço tinha sido aprovada no ano passado pelo período de 5 anos. Mas segundo a câmara de Belmonte, “o contrato não foi cumprido, e esta foi a única solução para que a praia fluvial seja colocada ao dispor dos utilizadores, ainda este verão”, justificou desta forma Amâncio Melo, o presidente da câmara de Belmonte, ontem no final da reunião do executivo municipal de carácter privado.

Esta decisão foi aprovada por maioria, com os votos contra dos dois vereadores do movimento independente pelo concelho de Belmonte (MPB) e com voto de qualidade de Amândio Melo, uma vez que o vereador Mário Tomás goza o seu período de férias, e desta forma não marcou presença na sessão de ontem.

Jorge amaro, vereador do MPB, adiantou ainda que “foi apresentada uma outra solução, não tão radical, como a proposta da maioria, para que a associação resolvesse a questão de colocar em prática as actividades da praia fluvial de Belmonte”, o vereador acrescentou ainda que actualmente existem mais condições para que essa situação seja possível, e acrescenta que “desde o passado dia 31 de Julho, que a autarquia entregou o alvará e a licença á associação”, destacou.

Agora, o próximo passo segundo Amândio Melo, “e uma vez que a rescisão do contrato de concessão teve efeitos imediatos”, a autarquia vai “tentar criar condições para abrir ao público ainda este verão, a praia fluvial de Belmonte”.

Amândio Melo garantiu ainda que “aquele espaço deve ser colocado novamente a concurso”.

A associação de desenvolvimento terras de Belmonte, fica assim sem a concessão da praia fluvial belmontense.

Fonte "Rádio Caria"

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Actividades verão 2008 concelho de Belmonte (Astronomia)


Título: Sessão de Observação (ADM Estrela - Associação de Desenvolvimento e Melhoramentos)

Descrição: Ao longo da sessão será feita uma breve apresentação e identificação das constelações e das suas estrelas mais brilhantes.
Será ainda possível observar a Lua, alguns planetas e seus satélites, enxames,
nebulosas e galáxias.


Localidade: Belmonte / BELMONTE / CASTELO BRANCO


Data: 27 de Agosto às 22:00 (Inscrição opcional)

Ponto de encontro: Junto à Pousada, 1km a seguir a Santo Antão

Como Chegar: A23 Sentido Guarda - Belmonte. Atravessar a localidade e procurar indicações para a Pousada.

Número de participantes: 100

Duração: 2 h




Localidade: Maçainhas (de Belmonte) / BELMONTE / CASTELO BRANCO


Data: 29 de Agosto às 22:00 (Inscrição opcional)


Ponto de encontro: Recinto do Polidesportivo

Como Chegar: A23 Sentido Guarda - Belmonte. Logo na saída da A23 de Belmonte seguir indicação: Maçainhas de Belmonte.

Número de participantes: 100

Duração: 2 h

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Conhecer as Árvores de Belmonte


Título: Conhecer as árvores de Belmonte (Quercus - Núcleo Regional da Guarda)

Descrição: Descoberta e identificação das árvores das ruas de Belmonte.

Data: 25 de Agosto às 09:00 Inscrição Obrigatória (13 vagas) clique aqui para se increver!

Ponto de encontro: Em frente à Câmara Municipal de Belmonte

Como Chegar: Lisboa - A1 até Torres Vedras, apanhar A23 Até Belonte sair na primeira seguir até a Câmara. Porto - A1 até Albergaria. Apanhar a A25 até Guarda, seguida apanhar A23 até Belmonte sair e seguir até a Câmara.

Localidade: Belmonte / BELMONTE / CASTELO BRANCO

Número de participantes: 15

Duração: 4 h

Transporte: Assegurado pela organização a partir do ponto de encontro

Responsável pela acção: Ricardo José Teixeira Nabais


(enviado via e-mail por Gigante_das_Beiras)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

"Melhor Vinho DOC da Beira Interior" é do Concelho de Belmonte!

Uma menção honrosa, três medalhas de prata, uma de ouro e, cereja no cimo do bolo, o galardão de "Melhor Vinho DOC da Beira Interior". Foi este o resultado da participação da Quinta dos Termos no I Concurso de Vinhos da Beira Interior, organizado pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior e pelo NERGA – Associação Empresarial da Guarda. Mérito para os vinhos produzidos no concelho de Belmonte e para os produtores da região, que têm no concurso uma rampa de lançamento para poderem dar cartas no mercado nacional e internacional.

O Quinta dos Termos – Escolha Virgílio Loureiro (tinto, 2006) é o melhor vinho com Denominação de Origem Controlada (DOC) da Beira Interior.

A prova dos 79 vinhos a concurso decorreu no fim de Junho, mas os 40 premiados só agora foram conhecidos. Além da medalha de ouro, e do prémio de melhor vinho para o "Escolha Virgílio Loureiro", João Carvalho obteve ainda três medalhas de prata e uma menção honrosa, o que o deixou «emocionado e perturbado» com os acontecimentos. «O concurso teve um painel de provadores de grande gabarito que atribuiu pontuações elevadas aos vinhos da região, pelo que se deve dar-lhe uma ênfase e um significado muito positivos», sustenta o grande vencedor. O produtor da Quinta dos Termos defende que este concurso deve continuar, pois «é um factor de engrandecimento para a região, que assim pode começar a ser conhecida de forma positiva em todo o país»
fonte "O Interior"