sexta-feira, 28 de março de 2008

II Jornadas de Património de Belmonte - "Caminhos da Fé"

11 e 12 de Abril de 2008 no Auditório Municipal - Organização Câmara Municipal de Belmonte
Pode aceder ao programa e ficha de incrição aqui!
A data limite de incrição é dia 10 de Abril

terça-feira, 25 de março de 2008

Triste mas real!

Foi no passado dia 18 de Março de 2008, através da Rádio Caria, que esta situação veio a público. Mas pelo que podemos depreender e passados 7 dias, o problema contínua sem solução, ao ponto de um dos Jornais diários da Beira Interior o incluir destacado na sua página inicial. Uma situação triste mas real, referente a um pai de duas crianças de três e cinco anos, que percorre a pé (diariamente) mais de seis quilómetros para levar os filhos ao infantário situado na vila de Caria.


Segue o conteúdo da notícia:

À falta de carro próprio, João Andrade, 34 anos, viu-se obrigado a transportar os filhos num carrinho de bebé, auxiliado apenas pela força dos braços para fazer os três quilómetros 200 metros que separam o jardim de infância “Girassol”, em Caria, da sua habitação em Malpique. Isto depois dos serviços locais da Segurança Social terem cancelado a atribuição de um subsídio de 200 euros mensais para o transporte das crianças num táxi. O pai viu o tribunal confirmar a guarda dos filhos depois de a mãe ter abandonado a família, à cerca de um ano.

“Atribuíram-me um subsídio de 200 euros em Novembro, mas no final de Dezembro foi cancelado”, disse ao Diário XXI, João Andrade, explicando que nos dois meses seguintes assegurou o pagamento do transporte do seu próprio bolso, chegando à conclusão que não poderia suportar o encargo. “Fiz contas à vida e conclui que não podia continuar a suportar o custo do táxi”, disse João Andrade, trabalhador da construção civil que diz receber o salário mínimo.

“O dinheiro é pouco para a água, luz, gás, renda de casa e para a nossa alimentação”, refere o homem que, à falta de alternativas, transporta as crianças num carrinho de bebé logo às 7h00 para estar no infantário meia-hora mais tarde e seguir depois, em transporte da empresa, para Penamacor, onde trabalha actualmente. “À tarde o meu encarregado vem depressa para eu apanhar o infantário aberto e levar as crianças de volta para casa”, de novo a pé, descreve.


PEDIDOS DE AJUDA SEM RESULTADO

João Andrade vive em Malpique com os dois filhos, numa casa alugada. Segundo refere, a assistente social que acompanha o seu caso ter-lhe-á sugerido a mudança de residência para Caria ou Belmonte, para ficar mais perto do infantário. “Disse-me para mudar de casa, mas eu quero continuar a viver no campo com os meus filhos”, afirmou João Andrade, que diz já ter pedido auxílio à Câmara de Belmonte e à Junta de Freguesia de Caria, mas ainda não obteve resposta. “Só quero que os meus filhos cheguem ao infantário sem frio e em segurança”, apela João Andrade. Até à hora de fecho da edição não foi possível contactar a assistente social que acompanha o caso e só regressa ao serviço no final desta semana. Contactado pelo Diário XXI, o director do Centro Distrital de Segurança Social, José Joaquim Antunes, disse desconhecer o caso em concreto, adiantando apenas que os subsídios atribuídos neste tipo de casos “são extraordinários e não duram sempre”.


CÂMARA DE BELMONTE

Autarca diz desconhecer o caso - O presidente da Câmara de Belmonte, Amândio Melo, afirmou ao Diário XXI que o caso “foi sinalizado” pela assistente social da autarquia. “Temos conhecimento do caso, mas não nos podemos sobrepor à Segurança Social que nos diz estar a acompanhar o caso”. Segundo aquele responsável, “a autarquia está disponível para ajudar, mas é necessário que o caso nos seja apresentado [pela Segurança Social], porque oficialmente não temos conhecimento”, referiu Amândio Melo.

in Diário XXI

quarta-feira, 12 de março de 2008

Empresa de biodisel operacional no próximo verão!

A EnerArea – Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior vai reciclar os óleos alimentares usados nos 13 concelhos que constituem a Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) e na Diputación de Salamanca. Segundo Carlos Santos, director daquela entidade (que nasceu no seio da AMCB), o objectivo é produzir 15 mil litros de biodiesel por dia.
O projecto foi candidatado ao programa comunitário de apoio a iniciativas transfronteiriças Interreg em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Belmonte e a empresa Ecoldiesel – Produção e Comercialização do Biodiesel, sendo a EnerArea a entidade responsável pela gestão. “A Diputación de Salamanca e a AMCB já cooperam há oito anos e na assinatura do programa Interreg, na última semana, a presidente concordou em ficarmos com a gestão deste projecto”, acrescenta Carlos Santos.

O projecto tem um custo inicial de 300 mil euros para gestão e distribuição dos contentores. Os custos de produção serão suportados pela empresa Ecoldiesel, sendo que o projecto está também aberto a outras empresas que queiram investir na produção do biodiesel.
“Esperamos recolher 18 mil litros de óleos usados por dia”, que deverão corresponder a 15 mil litros de combustível alternativo. Segundo o director da EnerArea, o projecto deverá estar operacional no próximo Verão, sendo que até lá serão desenvolvidas acções de sensibilização junto da população e nas escolas. As acções nas instituições de ensino serão feitas em conjunto com um outro projecto de sensibilização ambiental, “Compostagem nas Escolas”, que tem como principal objectivo a redução dos resíduos orgânicos depositados em aterros sanitários.

Os recipientes de recolha
O projecto de recolha baseia-se em mini-oleões de 5,5 litros que serão distribuídos às famílias. “São para usar em casa e têm tampa de segurança”, descreve Carlos Santos. Depois há oleões de 30 litros destinados à restauração e instituições como lares e centros de dia, “que se assemelham a uma mala de viagem e podem ser empilhados”.
Todos são depois levados para contentores de 200 litros que estarão colocados em pontos estratégicos em cada município (cinco por cada município), como por exemplo, junto a superfícies comerciais. “É o local onde as pessoas compram os óleos e para onde se lembrarão de levar os usados”, explica.

Alta tecnologia
Os contentores de 200 litros estarão geo-referenciados e equipados com sistema de informação à empresa que irá tratar o óleo, de forma a emitir uma mensagem através de GPRS para que se proceda à sua recolha assim que estiver cheio.

ETAR não dão conta do recado
Óleos que vão para o esgoto não têm tratamento
“Com o projecto de transformação dos óleos alimentares em biodiesel, a EnerArea e a AMCB dão mais um passo significativo na aposta das energias renováveis e na redução dos agentes poluentes no meio ambiente”, justifica a Agência Regional de Energia e Ambiente.
O biodiesel (combustível obtido a partir de óleos vegetais) constituiu uma energia renovável e uma alternativa aos combustíveis tradicionais, por exemplo, nos automóveis, sendo assim um recurso em franca expansão. Além disso, tem ainda a vantagem de reduzir os efeitos poluentes no meio ambiente, nomeadamente no que concerne ao tratamento dos óleos alimentares nas estações de tratamento de águas residuais (ETAR). “Até ao momento, não existem respostas para o tratamento dos óleos alimentares, sendo que a maior parte da população opta por despejá-los incorrectamente na pia, o que prejudica o funcionamento das ETAR”.

Os números
Na área dos 13 municípios da AMCB, o projecto espera distribuir recipientes a: 64.181 famílias
250 empresas de restauração
240 instituições
5 contentores por concelho (65 no total)
Igual quantidade será disponibilizada para abranger parte do lado espanhol

Concelhos abrangidos
A AMCB é composta pelos concelhos de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso.
in Diário XXI

sábado, 8 de março de 2008

Estudo de Insolvências, Falências e Recuperação de Empresas

Os números constam do último Estudo de Insolvências, Falências e Recuperação de Empresas, do Instituto Informador Comercial (IIC). O distrito da Guarda (em 2007) perdeu menos nove por cento de tecido empresarial do que em 2006. Em todo o país, apenas outros cinco distritos registaram uma diminuição das insolvências (Braga, Vila Real, Évora, Faro e Açores), mantendo-se a tendência do aumento das falências nos restantes. É o caso de Castelo Branco, onde houve uma subida da ordem dos 47,8 por cento.

Em 2006 tinham fechado 23 empresas, menos 11 que no ano passado, em que desapareceram 34. Pior só mesmo na Madeira e em Bragança. Segundo os dados fornecidos pelo IIC, nos distritos da Guarda e Castelo Branco as falências atingem, maioritariamente, «as empresas que actuam na área dos têxteis e calçado».

O que ficará a dever-se a «uma quebra significativa de encomendas, visto que os produtos importados são geralmente mais baratos», refere fonte do Instituto, segundo a qual estes encerramentos, por norma, «nada têm a ver com a má gestão dos respectivos gestores».

O IIC constatou também que «o enorme atraso de pagamentos é um factor que se tornou habitual na indústria portuguesa, o que resulta no agravamento da situação económico-financeira das empresas».

Os números por concelho
Em Belmonte encerraram três empresas, mais duas que em 2006. Já em Castelo Branco fecharam sete (+1). Na Covilhã faliram 14 sociedades (+4), enquanto no Fundão foram declaradas insolventes seis (+2). No distrito da Guarda, não fecharam empresas em
Almeida (duas em2006), Fornos de Algodres(3) e Manteigas(2).

Celorico da Beira perdeu apenas uma (2), enquanto que Figueira de Castelo Rodrigo viu falir duas empresas (1). No município de Gouveia três sociedades fecharam portas (2) e na Guarda seis tiveram a mesma sorte (5). Em Pinhel verificaram-se quatro encerramentos (1) e Seia perdeu três empresas, o mesmo número que em 2006.

Por outro lado, nos últimos dois anos não houve quaisquer insolvências em Aguiar da Beira, Sabugal, Trancoso, Vila Nova de Foz Côa e Mêda, segundo o IIC.

in O Interior

quarta-feira, 5 de março de 2008

Programa Conforto Habitacional para Pessoas Idosas

Estão abertas, desde o início deste mês, as candidaturas ao "Programa Conforto Habitacional para Pessoas Idosas" no concelho de Belmonte.

A este projecto podem candidatar-se os munícipes com idade igual ou superior a 65 anos, cujo rendimento mensal seja igual ou inferior ao valor do indexante dos apoios sociais, segundo adianta a autarquia em comunicado.

"Viver em habitação própria que careça de qualificação, realização de serviços de apoio domiciliário e residir sozinho ou em coabitação com idosos, menores ou portadores de deficiência" são outros dos critérios "adicionais" tidos em conta pela Câmara Belmontense para a aprovação das candidaturas.
Assim sendo, a autarquia adianta que a "título excepcional" podem candidatar-se "os munícipes que, não tendo serviço de apoio domiciliário, apresentem despacho favorável emanado pelo Director do Centro Distrital de Segurança Social da área da residência".

O "Programa Conforto Habitacional para Pessoas Idosas" no concelho de Belmonte, visa a qualificação das residências para "poder prolongar o tempo de permanência dos idosos na habitação, proporcionando qualidade de vida e acautelar acidentes domésticos". O projecto resulta de um protocolo assinado entre a Câmara de Belmonte e o Instituto de Segurança Social, em Novembro de 2007.

in Rádio Caria