As empresas com necessidades de tesouraria são as que enfrentam maiores dificuldades no acesso ao crédito, que está cada vez «mais caro e difícil», lamentaram as associações empresariais do Centro/Interior ouvidas pela Lusa.
O presidente da Associação do Comércio e Serviços do distrito da Guarda (ACG), Paulo Manuel, que representa cerca de dois mil associados, reconheceu que «todas as empresas» associadas estão a ter uma dificuldade muito grande no acesso ao crédito, o que está a tornar «dramática» a questão de tesouraria.
«A partir do momento em que o sistema bancário não tem reforço para restabelecer a tesouraria [das empresas] temos um efeito dominó em que a empresa A deve à B e por aí fora», considerou o responsável.
«As empresas não conseguem pagar os impostos a tempo e horas e estão a entrar em incumprimento nos bancos porque não conseguem pagar os empréstimos», disse à Lusa Paulo Manuel.
A «falta de liquidez» das empresas é um problema também identificado por João Cotta, presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), com 800 associados, que defende que as linhas de crédito deveriam destinar 50 por cento ao fundo maneio.
O responsável reconhece que as linhas de crédito criadas são importantes, mas lamentou que estejam a deixar de fora cerca de 90 por cento das Pequenas e Médias Empresas, por estas não cumprirem todos os requisitos.
Para fazer face às dificuldades de liquidez, João Cotta defendeu que o Governo deve, antes de mais, pagar as dívidas às empresas e «suspender, se não mesmo pôr fim, ao Pagamento Especial por Conta, que está a asfixiar as empresas que pagam lucros que não têm».
O presidente da direcção da Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA), com 200 associados, admitiu também que o acesso ao crédito «está difícil e muito mais caro» e notou que «quando as empresas recorrem ao despedimento, as coisas já não estão bem».
«Se os bancos estão com falta de liquidez e o dinheiro é mais caro, as empresas ressentem-se dessa situação», afirmou o responsável, acrescentando que os empresários «não estão a baixar os braços, só que as dificuldades são grandes».
«Conheço propostas de financiamento actuais em que as taxas a pagar são mais elevadas que aquelas que tínhamos em Outubro, devido ao aumento dos spreads», queixa-se também Rogério Hilário, presidente da Associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão (ACICF) - que tem cerca de 1100 associados.
«Temos associados que disseram que tinham conseguido um financiamento, mas acabaram por não o contratar porque fizeram as contas e concluíram que não conseguem pagar», disse.
Rogério Hilário considera assim que as medidas tomadas até agora pelo Governo não chegam e que «não se pode deixar a decisão do financiamento somente nas mãos dos bancos e é preciso adequa-la a alguns sectores».
«Se uma loja não tem produtos para vender, não vale a pena continuar aberta. O mesmo se aplica aos bancos: se não têm dinheiro para a economia real, para que servem?», pergunta, por sua parte, Miguel Bernardo, director da Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor, que reúne também cerca de 1100 associados.
Para o empresário, o dinheiro não está a chegar à economia real e os bancos são responsáveis por este «impasse».
O presidente da Associação do Comércio e Serviços do distrito da Guarda (ACG), Paulo Manuel, que representa cerca de dois mil associados, reconheceu que «todas as empresas» associadas estão a ter uma dificuldade muito grande no acesso ao crédito, o que está a tornar «dramática» a questão de tesouraria.
«A partir do momento em que o sistema bancário não tem reforço para restabelecer a tesouraria [das empresas] temos um efeito dominó em que a empresa A deve à B e por aí fora», considerou o responsável.
«As empresas não conseguem pagar os impostos a tempo e horas e estão a entrar em incumprimento nos bancos porque não conseguem pagar os empréstimos», disse à Lusa Paulo Manuel.
A «falta de liquidez» das empresas é um problema também identificado por João Cotta, presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), com 800 associados, que defende que as linhas de crédito deveriam destinar 50 por cento ao fundo maneio.
O responsável reconhece que as linhas de crédito criadas são importantes, mas lamentou que estejam a deixar de fora cerca de 90 por cento das Pequenas e Médias Empresas, por estas não cumprirem todos os requisitos.
Para fazer face às dificuldades de liquidez, João Cotta defendeu que o Governo deve, antes de mais, pagar as dívidas às empresas e «suspender, se não mesmo pôr fim, ao Pagamento Especial por Conta, que está a asfixiar as empresas que pagam lucros que não têm».
O presidente da direcção da Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA), com 200 associados, admitiu também que o acesso ao crédito «está difícil e muito mais caro» e notou que «quando as empresas recorrem ao despedimento, as coisas já não estão bem».
«Se os bancos estão com falta de liquidez e o dinheiro é mais caro, as empresas ressentem-se dessa situação», afirmou o responsável, acrescentando que os empresários «não estão a baixar os braços, só que as dificuldades são grandes».
«Conheço propostas de financiamento actuais em que as taxas a pagar são mais elevadas que aquelas que tínhamos em Outubro, devido ao aumento dos spreads», queixa-se também Rogério Hilário, presidente da Associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão (ACICF) - que tem cerca de 1100 associados.
«Temos associados que disseram que tinham conseguido um financiamento, mas acabaram por não o contratar porque fizeram as contas e concluíram que não conseguem pagar», disse.
Rogério Hilário considera assim que as medidas tomadas até agora pelo Governo não chegam e que «não se pode deixar a decisão do financiamento somente nas mãos dos bancos e é preciso adequa-la a alguns sectores».
«Se uma loja não tem produtos para vender, não vale a pena continuar aberta. O mesmo se aplica aos bancos: se não têm dinheiro para a economia real, para que servem?», pergunta, por sua parte, Miguel Bernardo, director da Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor, que reúne também cerca de 1100 associados.
Para o empresário, o dinheiro não está a chegar à economia real e os bancos são responsáveis por este «impasse».
in "Porta da Estrela"
1 comentário:
Mas sera que não vêm que é mais facil os bancos taparem os buracos de outros do que apostar em quem tem necessidade e atenção é preciso saber para onde foi a materia(dinheiro) que antes tapava o buraco! Hoje em dia é muito facil movimentar dinheiro virtulmente com as novas tecnologias, é possivel fazer transferências, pagamentos, compras, sem se quer ver o dinheiro, que entereça haver milhoes de euros em depositos se os bancos não têm o valor em dinheiro vivo, porque simplesmente, existe em numeros de computadores ou seja hoje em dia o dinheiro é virtual dai a facilidade de aparecerem buracos porque a maioria do dinheiro em falta simplesmente não existe! penso eu de que!!!
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