quinta-feira, 18 de março de 2010

"Encerramento da Carveste seria um drama social"

Uma delegação sindical deslocou-se ontem á Câmara Municipal de Belmonte para solicitar apoio e intervenção junto do poder político com vista á recuperação da empresa de confecções Carveste. O Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa pede "uma intervenção mais activa" no sentido de pressionar o governo, e neste caso particular o Ministério da Economia, para que se encontre rapidamente uma solução para recuperar a empresa. Luís Garra salienta que a empresa carveste "é uma importante unidade industrial que faz falta á economia regional".

A empresa que atravessa um momento difícil, "com margens de lucro apertadas" e que precisa de uma colecção e carteira de encomendas própria para sobreviver. Luís Garra afirma que perante o cenário de crise, “se até ao próximo dia 08 de Abril não houver uma decisão sobre esta empresa, no dia 09 de Abril regressam a Belmonte para solicitar apoio á Câmara Municipal para uma deslocação a Lisboa”.

Os trabalhadores da empresa Carveste que não chegaram a reunir em plenário frente á Câmara Municipal de Belmonte, tal como estava previsto. Segundo Luís Garra houve "alguns desenvolvimentos" no seio da empresa que levaram á suspensão do plenário. O sindicalista que demonstrou o seu desagrado pelo facto da delegação sindical não ter sido recebida pelo presidente da Câmara Municipal de Belmonte. Na opinião de Luís Garra, o presidente da autarquia "deveria estar mais preocupado com estas 200 famílias".

A delegação foi recebida pelo vereador a tempo inteiro, Mário Tomás desvalorizou a situação, referindo que "as conclusões do encontro serão transmitidas ao presidente". Quanto á reunião, Mário Tomás diz que a Câmara Municipal de Belmonte está atenta e "tudo fará para evitar um drama social que afectará muitas famílias", no concelho e na região. A autarquia irá "alertar e sensibilizar" o governo para a urgência de viabilizar o plano de recuperação da empresa proposto ao Ministério da Economia.

O sindicato defende que o Ministério da Economia tem que "decidir o que quer da Carveste e não pode haver um compasso de espera tão grande desde a apresentação do projecto de recuperação até à aprovação". Recordo-lhe que no final do ano passado, a empresa foi visitada por responsáveis daquele ministério.

Para além da empresa do concelho de Belmonte, outras duas empresas da região aguardam também pelo apoio do governo, nomeadamente, a empresa Confama (Famalicão) e Proudmoments (Fundão). Ontem o Sindicato reuniu com o presidente da autarquia fundanense que se mostrou "disponível e sensibilizado" para enfrentar o problema.

O presidente do Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa deixou ainda uma declaração sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentado pelo governo. Luís Garra diz que o documento “assenta numa ideia criminosa, partindo do princípio que os trabalhadores o que querem é desemprego”, referindo ainda que “sem aparelho produtivo o país vai para a ruína”.

Declarações deixadas no dia em que uma delegação sindical se deslocou á Câmara Municipal de Belmonte para solicitar apoio e uma intervenção mais activa no sentido de pressionar o Ministério da Economia, para que se encontre rapidamente uma solução para recuperar a empresa Carveste. Se até ao próximo dia 08 de Abril não houver uma decisão sobre esta empresa, no dia 09 de Abril o sindicato regressa a Belmonte para solicitar apoio á Câmara Municipal para uma deslocação a Lisboa.

in "Rádio Caria"

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