Estimativas de 2010 sobre demografia. Continua a agonia da Beira Interior.
A QUESTÃO é saber como é que se resiste ao embate. As estimativas da população residente, lançadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) aprofundam o buraco negro do despovoamento na região. A tendência é a mesma de há anos. Se as áreas urbanas da Beira Interior conseguem manter maior controlo nas perdas, os concelhos mais rurais, o processo de despovoamento é mais lesto em termos percentuais. Em 365 dias, as estimativas da população residente na região continuam a construir um retrato pouco atreito a optimismos.
O Pinhal Interior Sul (Mação [distrito de Santarém], Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei) perdeu 602 habitantes num ano. Em final de 2008 residiam nestes cinco concelhos 40.407 pessoas. A 31 de Dezembro de 2009, o INE estimava uma população de 39.805 indivíduos. Todos os concelhos desta sub-região perderam população. O concelho menos populoso, Vila de Rei, viu a população decrescer de 3.080 para 3.041 habitantes.
A sub-região da Serra da Estrela (Fornos de Algodres, Gouveia e Seia) perdeu 446 habitantes. Vivem, agora, neste espaço geográfico 46.969 pessoas, repartidas por três concelhos.
A Beira Interior Norte (concelhos de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso) perdeu 1.045 habitantes. Todos os concelhos viram a sua população diminuir em relação às estimativas de 2008. O mais populoso – Guarda – viu a população regredir de 44.155 para 44.030 e o menos populoso – Manteigas – de 3.616 para 3.579.
Mais a Sul, a realidade mantém-se, embora com intensidade menor. A sub-região Beira Interior Sul – que agrega os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão – tinha contabilizados, em final de 2008, 73.138 habitantes. As recentes estimativas colocam nesta região 72.471 pessoas, uma quebra de 667 habitantes. No concelho mais populoso, Castelo Branco, a população regrediu de 53.909 para 53.626 indivíduos. Penamacor perdeu 110 habitantes (5.522 em final de 2009), Vila Velha de Ródão passou de 3.450 para 3.371 e Idanha-a-Nova de 10.147 para 9.952.
Na Cova da Beira, está o único concelho que não só não perde população, como apresenta ganhos efectivos. O concelho de Belmonte volta a ser a excepção entre as mais de duas dezenas de municípios da Beira Interior. Ganhou, de 2008 para 2009, quatro habitantes. As estimativas apontam, agora, para uma população residente de 7.737 habitantes. Os maiores municípios desta sub-região - Covilhã e Fundão - perdem população, segundo o INE. A Covilhã decresce de 52.101 para 51.635 habitantes, o que corresponde a uma perda estimada de 466 habitantes. O concelho do Fundão regrediu de 30.867 habitantes para 30.701, uma quebra de 166 habitantes. Na totalidade da Cova da Beira, a população regrediu de 90.701 habitantes, em 2008, para 90.073. Uma perda de 628 efectivos.
Somadas as perdas dos 25 concelhos que constituem os distritos da Guarda e Castelo Branco, a quebra demográfica no espaço geográfico da Beira Interior foi superior a 3.300 pessoas.
Num ano.
A QUESTÃO é saber como é que se resiste ao embate. As estimativas da população residente, lançadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) aprofundam o buraco negro do despovoamento na região. A tendência é a mesma de há anos. Se as áreas urbanas da Beira Interior conseguem manter maior controlo nas perdas, os concelhos mais rurais, o processo de despovoamento é mais lesto em termos percentuais. Em 365 dias, as estimativas da população residente na região continuam a construir um retrato pouco atreito a optimismos.
O Pinhal Interior Sul (Mação [distrito de Santarém], Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei) perdeu 602 habitantes num ano. Em final de 2008 residiam nestes cinco concelhos 40.407 pessoas. A 31 de Dezembro de 2009, o INE estimava uma população de 39.805 indivíduos. Todos os concelhos desta sub-região perderam população. O concelho menos populoso, Vila de Rei, viu a população decrescer de 3.080 para 3.041 habitantes.
A sub-região da Serra da Estrela (Fornos de Algodres, Gouveia e Seia) perdeu 446 habitantes. Vivem, agora, neste espaço geográfico 46.969 pessoas, repartidas por três concelhos.
A Beira Interior Norte (concelhos de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso) perdeu 1.045 habitantes. Todos os concelhos viram a sua população diminuir em relação às estimativas de 2008. O mais populoso – Guarda – viu a população regredir de 44.155 para 44.030 e o menos populoso – Manteigas – de 3.616 para 3.579.
Mais a Sul, a realidade mantém-se, embora com intensidade menor. A sub-região Beira Interior Sul – que agrega os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão – tinha contabilizados, em final de 2008, 73.138 habitantes. As recentes estimativas colocam nesta região 72.471 pessoas, uma quebra de 667 habitantes. No concelho mais populoso, Castelo Branco, a população regrediu de 53.909 para 53.626 indivíduos. Penamacor perdeu 110 habitantes (5.522 em final de 2009), Vila Velha de Ródão passou de 3.450 para 3.371 e Idanha-a-Nova de 10.147 para 9.952.
Na Cova da Beira, está o único concelho que não só não perde população, como apresenta ganhos efectivos. O concelho de Belmonte volta a ser a excepção entre as mais de duas dezenas de municípios da Beira Interior. Ganhou, de 2008 para 2009, quatro habitantes. As estimativas apontam, agora, para uma população residente de 7.737 habitantes. Os maiores municípios desta sub-região - Covilhã e Fundão - perdem população, segundo o INE. A Covilhã decresce de 52.101 para 51.635 habitantes, o que corresponde a uma perda estimada de 466 habitantes. O concelho do Fundão regrediu de 30.867 habitantes para 30.701, uma quebra de 166 habitantes. Na totalidade da Cova da Beira, a população regrediu de 90.701 habitantes, em 2008, para 90.073. Uma perda de 628 efectivos.
Somadas as perdas dos 25 concelhos que constituem os distritos da Guarda e Castelo Branco, a quebra demográfica no espaço geográfico da Beira Interior foi superior a 3.300 pessoas.
Num ano.
in "Jornal do Fundão"
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