
Aguiar da Beira é repetente naquela listagem do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio (EPCC), sendo que na edição anterior, de 2005, era o único da região colocado entre os piores, com um Indicador Per Capita (IpC) de 49,92. Em 2007, ainda conseguiu baixar mais, fixando-se nos 47,77. O concelho da Mêda surge como o pior caso: desceu dos 51,25 para os 49,19. Ligeiramente acima destes dois concelhos, já fora da lista “negra”, aparecem os do Sabugal (51,47), Penamacor (51,79), Fornos de Algodres (51,92) e Vila Nova de Foz Côa (54,01). Ao invés, no topo do “ranking” dos que têm mais poder aquisitivo, aparecem – depois da Guarda (91,7) – os municípios da Covilhã (84,14), Almeida (72,90), Fundão (72,9), Belmonte (61,27) e Seia (65,83). O concelho guardense já era, de resto, o que apresentava em 2005 os melhores resultados, sendo que nessa altura tinha um índice de IpC mais alto (92,15). Já a meio da tabela, estão Gouveia, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo e Trancoso, todos com valores que variam entre os 55 e os 58.
Numa análise por NUT, os resultados atribuem a liderança à Cova da Beira, constituída por Covilhã, Belmonte e Fundão, ao surgir com uma média de 77,41, enquanto a Beira Interior Norte, onde estão 12 dos 14 concelhos do distrito, tem um registo de 70,88. Trata-se de números inferiores à média da região Centro, que está nos 83,76. Apesar de todos os municípios do distrito da Guarda e Cova da Beira estarem abaixo da média nacional e regional, o cenário não é tão negro quanto possa parecer, quando analisado o panorama nacional. Isto porque, dos 380 concelhos portugueses, só 39 superaram o poder de compra per capita médio nacional. O valor mais alto está em Lisboa, que tem 235,55. Entre os 21 em situação mais crítica, a maioria, num total de 15, pertence ao interior Norte.
Para além do IpC, o estudo debruça-se em mais dois indicadores, o Percentagem de Poder de Compra (PCP), que reflecte o peso que o poder aquisitivo de cada concelho ou região tem no total do país, e o Factor Dinamismo Relativo (FDR), centrado no contributo das movimentações sazonais, nomeadamente turísticas. No primeiro, volta a sair vencedor o da Guarda, com 0,382, enquanto que, no que respeita ao FDR, a grande maioria apresenta resultados negativos. Curiosamente, o da Mêda está entre os únicos cinco com valores positivos, com 0,017 – a que se juntam Vila Nova de Foz Côa (0,022), Almeida (0,239) e Sabugal (0,132).
in "O Interior"
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